sexta-feira, 15 de outubro de 2010

NÃO TRABALHO COMO CURADOR DE EXPOSIÇÕES ARTÍSTICAS, MAS ...



A terceira parte do livro de Foucault é interessantíssima e fundamental para entender o panorama da pintura ocidental. Uau! Como estou empolgado com esse livro! Pesquisem a autoria dos quadros nas imagens dessa postagem.

III – KLEE, KANDINSKI, MAGRITTE
Nessa terceira parte do livro – Isso não é um cachimbo –, Foucault apresenta os dois princípios que predominaram sobre a cultura ocidental e, respectivamente dois artistas que romperam com esses dois princípios.
v Primeiro princípio: separação entre imagem e texto.
A representação mental de um gato visto em uma tela de pintura pode ser a mesma ao ler os sinais gráficos G-A-T-O. Porém, Foucault exprimiu que há uma espécie de hierarquia indo “da forma ao discurso ou do discurso à forma” e que “o signo verbal e a representação visual não são jamais dados de uma só vez”. É nessa perspectiva que o autor irá afirmar que Paul Klee vai abolir esse primeiro princípio, visto que em suas obras ele apresenta espaços incertos, justaposição de figuras e as sintaxes dos livros.
v Segundo princípio: equivalência entre o fato da semelhança e a afirmação do laço representativo (Isto é isto).
Ao observar um quadro de Rembrant é possível que haja essa pergunta: o que é isso? A possível resposta: é uma aula de anatomia. É um vício, ou hábito que tem fundamento segundo o autor francês. Contudo, em uma obra abstrata a resposta se complica. Daí a afirmação de Foucault que Kandinski rompe com esse segundo princípio.
Magritte está aparentemente distante de Klee e Kadinsky, mas um sistema lhes é comum: uma figura pode ser oposta e até mesmo complementar.




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