sábado, 16 de outubro de 2010

AINDA CONTINUO COM ESSE PARENTE EM CASA - O PRIMO BASÍLIO



É um livro longo, mas não me canso. Tenho a mania de fazer leituras de vários livros ao mesmo tempo, mas com focos diferentes. Como já sabem estou lendo Foucault, como Filosofia e artes, e em literatura estou lendo O primo Basílio, que escrevo minhas impressões nessa postagem.
A partir do Capítulo VII, Luísa vai percebendo o esfriamento de Basílio e enfrentam a primeira discussão. Em uma das partes do livro a discussão termina em uma tórrida transa regada a muitas lágrimas. Um trecho chamou muito minha atenção, pois já fiz a mesma coisa e gostei muito: Basílio ensina Luísa como se deve beber champanhe – “ tomou um gole [...] e num beijo passo-o para a boca dela. Luísa riu muito, achou divino, quis beber mais assim”.
Essa é a metade do livro e o rumo dos acontecimentos mudou radicalmente a partir daí. Luísa ia ao seu encontro diário quando encontra o Conselheiro no caminho que a faz perder o horário com Basílio,chega em casa furiosa e encontra Juliana arrumando o quarto. Uma briga ferrenha começa e até uma vassoura é arremessada. Juliana, a empregada que odeia seus patrões explode:
“- Que as cartas que a senhora escreve aos seus amantes, tenho-as eu aqui!
Luísa desmaia.
Seu primeiro pensamento foi em fugir com Basílio. Quando ela propõe isso ao amante ele nega, pois para ele bastava dar dinheiro a empregada. A verdadeira personalidade de Basílio vai sendo apresentada durante o capítulo VIII. Ele encarava Luísa como mais uma amante. Juliana pede 600 mil réis a patroa.
As ameaças de Julia na começam no capítulo IX. Basílio já tinha saído da cidade e Luísa escreve para lhe pedir o dinheiro; ele não responde. Jorge está para voltar e pede para Juliana que não conte nada a seu marido, que iria arranjar o dinheiro. Depois de um sonho com o marido ele realmente acaba voltando ainda nesse capítulo.
Nos capítulo seguinte (cap. X), as chantagens de Juliana aumentam e até Jorge percebe a mudança no trato com a empregada. Juliana muda de quarto, ganhou roupas novas e até uma cômoda. A fama de empregada cheia de presentes se espalha por Lisboa que até ofertas de serviços foram enviados para a casa. No meio da prosperidade de Juliana Luisa definhava e sua tristeza aumentava a cada dia.
Juliana começava a deixar a casa de mão – o desleixo da empregada tomou gravas proporções. Jorge lançou uma camisa mal passada na cara de Juliana que lançou um olhar mortal para Luísa.
A situação estava insuportável. Luísa foi a casa de Leopoldina para se aconselhar. Solução de Leopoldina: pedir dinheiro ao Castro em troca de serviços sexuais. Luísa retrucou violentamente.

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