sexta-feira, 29 de outubro de 2010

UM DOMINGO NO PARQUE [parte 4]

- Verdade ou desafio? - questionou o menino metido a escritor.
- Desafio! - respondeu Kátia para não ter que responder mais nenhuma pergunta incômoda.
- Seguindo o “fio” da última pergunta, eu te desafio a beijar a mim e uma das garotas daqui.
- Eu mesma escolha a garota?
- Sim! - Bruno estava excitadíssimo para ver o resultado.
Kátia aproximou-se de Bruno e começou a beijá-lo. O garoto ficou muito nervoso e ambos gostaram do beijo. Quando terminaram Bruno perguntou:
- Qual das meninas você escolhe?
- Larissa! - Ketlyn respondeu sem pensar duas vezes.
Larissa era loira, magra com pernas finas. Não era feia, mas também não era bonita. A única coisa que chamava atenção nela eram suas sardas que davam um pequeno charme em seu rosto. Bruno perguntou se ela aceitava o beijo de Kátia e sua resposta me deixou boquiaberto. Larissa disse que sim, pois era bissexual. Até agora era uma lésbica – Ketlyn – e uma descobrindo ser – Kátia. A primeira impressão que tive de Larissa foi ruim, pois ela possuía olhos de peixe morto que davam a ela um “ar” de antipatia. Mas quando começou a falar pude perceber que ela era bastante doce. Quando Kátia começou a beijá-la o grupo percebeu que essa empolgação não aconteceu durante o beijo em Bruno. Acho que todos tiveram a certeza que ela era lésbica, mesmo que ela estivesse em dúvida. O beijo só foi interrompido graças a dois rapazes que estavam distribuindo panfletos de um show de rock. Eles abordaram o grupo e até ficou passando informações acerca do evento. Um deles me entregou o pequeno papel que estava escrito: “Show de rock alternativo”. Como não me interessava muito por esse estilo de música, não compreendia essa expressão “rock alternativo”.
Enquanto lia o panfleto do show, a brincadeira já tinha recomeçado e eu não percebi. Larissa estava respondendo uma pergunta com a seguinte afirmação:
- A melhor posição que se faz com um homem é como fazem todos os animais. Já com mulher é o bom e velho 69. - respondeu a sardenta com um pouco de embaraço.
- Acredito que a melhor posição sexual é o tradicional “papai e mamãe” - falou Bruno.
Ketlyn, assumindo seu papel de líder, pergunta a Kátia qual era sua posição sexual preferida. A resposta da garota foi muito interessante:
- Não sei nem se gosto de homem ou de mulher, imagine de que melhor jeito se “trepa”!
A turma fez um silêncio mortal.

A TV, COMO FAZ BEM FICAR UM TEMPO LONGE DELA




Antes de continuar a postar essa história maluca – Um domingo no parque –, quero comentar sobre algumas coisas engraçadas que vi na TV ultimamente. Não assisto televisão regularmente, mas tive tempo de ver algumas propagandas engraçadas.
1ª) Uma Skol que sai do cu de uma foca. Um naufrágio e um grupo de homens que se recusam a sair do barco sem a caixa de cerveja. No final aparecem em cima de um iceberg com uma foca, que tira a cerveja do cu. Ri muito.
2ª) Não lembro de qual órgão de imprensa, mas uma propaganda que mostrava propagandas antológicas – como, por exemplo, àquela: “Compre batom”. Mas no final da apresentação era dito: “a propaganda não obriga ninguém a comprar nada”. Que mentira!
Mas o que ultimamente tem me divertido muito é o horário eleitoral. A campanha de segundo turno para presidente da república tem atingido um nível tão baixo que não me recordo de algo semelhante. As propostas têm sido postas de lado e a moda é atacar a moralidade do candidato de forma grosseira. Claro! A Marina Silva conseguiu deixar esses candidatos desesperados. O clima de dúvida paira no ar. Não votarei esse turno, visto que estarei isolado do mundo no sertão sergipano. Mesmo achando divertida a troca de insultos eleitoreiros, no final bate um remorso e uma raiva por ser obrigado a votar. Defendo o voto facultativo. Voltarei a postar essa história ficcional escrita no ano passado.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

UM DOMINGO NO PARQUE [parte 3]

A primeira garrafa de vinho acaba e começam a jogar a brincadeira conhecida como “verdade ou desafio”; utilizam a garrafa para escolher aleatoriamente as pessoas questionadas. No momento em que começam a jogar o parque fez um silêncio momentâneo, uma daquelas coincidências em que todos ficam em silêncio e é preciso alguém para quebrar a falta de som. Um silêncio incômodo interrompido pela impaciência de Kátia, uma garota de 16 anos que aparenta ser muito recatada e cheia de pudores, no entanto era uma das mais empolgadas no vinho. Tinha os cabelos castanhos mais bonitos que eu já tinha visto, sua pele era clara e seu nariz era achatado, disse que tinha herdado essa característica do pai que era negro. A primeira pessoa que a garrafa escolheu após ser girada foi a própria Kátia. Fez aquela cara de espanto, mas depois do vinho estava disposta a arriscar.
- Verdade ou desafio? - Perguntou Ketlyn.
Ela não se fez de rogada, escolheu verdade. Acredito que ela tinha pensado que Dionísio, o Deus grego do vinho viria ajudá-la. No fundo ela sabia que a morena líder e lésbica não iria poupá-la de uma pergunta ou íntima ou indecente. Ketlyn “não perdoa”:
- Você gosta de homens ou de mulheres? - perguntou como isso fosse a coisa mais natural do mundo. - Ou seja, você acha que é lésbica ou heterossexual?
- Não sei! - responde Kátia com bastante sinceridade.
- Como não sabe? Já ficou com um menino?
- Já!
- E gostou? - Ketlyn pergunta com cara de nojo.
- Sim, mas... - Kátia é interrompida com outra pergunta.
- E com meninas já chegou a ficar?
- Também! - A garota responde com uma sinceridade incomum nesses jogos, pois todo mundo mente nesse tipo de brincadeira.
Foi nesse momento que eu senti uma vontade enorme de ir ao banheiro, não cheguei a ouvir o desfecho da conversa acerca da sexualidade de Kátia. No caminho em direção ao banheiro pude perceber como tinha muita gente no parque. Aquele grupo que eu observava era apenas um entre vários nesse recanto da cidade; quantos “Brunos” metidos a escritores poderiam existir? Será que as outras “Ketlyns” eram tão decidida e tão bem resolvida quanto essa? Quantas “Kátias” estariam descobrindo sua sexualidade agora mesmo? Quando voltei do banheiro a garrafa tinha girado novamente e escolhido, de novo, Kátia, mas dessa vez quem perguntava era Bruno. O garoto achou que era uma oportunidade para paquerá-la e não se fez de rogado.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

UM DOMINGO NO PARQUE [parte 2]



Aquela voz me embriagou. O lago, as árvores, as pessoas, tudo desaparecera e só prestava atenção naqueles jovens, principalmente em sua líder. Ketlyn era uma jovem morena, possuía um corpo muito sensual e tinha olhos muito vivos. Ela falava sem nenhuma inibição, freqüentemente mexendo muito os braços. Estava sentada e realmente suas expressões faciais a destacavam no grupo. Conversava com um rapaz enquanto todos prestavam atenção no diálogo. O garoto era Bruno, jovem magro e de pele muito clara, o que dava a ele um aspecto de doente. Já peguei a conversa “andando”, estavam falando de música. Bruno queria escrever um livro com um personagem inspirado em Janis Joplin, só que ele não sabia que essa era a cantora predileta de Ketlyn. Ela falava da cantora com muita excitação; poderia ser também uma excitação sexual, visto que Ketlyn confessara abertamente ser lésbica. Acredito que Bruno achava isso um desperdício.
- Adoro a voz rasgada da Janis! Parece uma gata no cio - dizia Ketlyn tentando imitar a voz da cantora - Adoro ficar nua e a ouvir cantar.
- Eu também gosto dela. Meu interesse é seu aspecto libertário. Gostaria de escrever pensando em um personagem assim. - Falou bruno escrevendo algumas anotações no caderno que estava segurando.
Bruno parecia ser um estudante bastante aplicado e afirmou que suas notas eram boas. Parecia bastante comedido, pois não estava tomando vinho com o resto do grupo. Esse fato foi motivo de piada, pois Ketlyn disse que nunca tinha ouvido falar em um escritor que não bebesse; chegou até a citar o absinto. Ela afirmou que era louca para experimentar a bebida dos poetas. O que eu achava interessante é que Bruno anotava em seu caderno logo depois que Ketlyn falava, com se estivesse anotando suas características para escrever em seu livro. Parecia que Ketlyn era sua musa inspiradora. Ela chegava a influenciar a escrita do colega. E certo momento da conversa Bruno afirmou que a Janis poderia sofrer de um distúrbio “bipolar”, o que irritou Ketlyn:
- A Essa coisa de bipolar é uma modinha que não “cola” falando da Janis; ela era a Joplin e pronto. Tentar rotular a Janis é uma “merda”. Não faça isso em seu livro. - Falou a líder do grupo.
Bastou essa represália de Ketlyn para que a ideia de retratar a Janis como uma pessoa bipolar fosse embora da mente de Bruno. Nesse momento, um vendedor de pipocas passa perto de onde estávamos e faz muito barulho com seu anúncio; isso interrompe a conversa por alguns minutos.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

UM DOMINGO NO PARQUE [parte 1]



Era exatamente cinco horas da tarde quando cheguei ao parque. Ele era um daqueles recantos da cidade em que alguns abastados freqüentavam para relaxar da semana de trabalho. Era realmente agradável. Esse parque ficou conhecido por abrigar nos finais de semana as mais diversas “tribos”; pessoas que gostavam de vários estilos musicais, e de todas as idades. Tenho sempre um lugar que gosto de ficar e logo fui procurá-lo, mas dessa vez ele estava ocupado por um grupo de cinco jovens. Era um espaço embaixo de um pé de tamarindo, um abrigo natural com uma grama incrivelmente verde e livre de insetos, mas estava ocupado. Pensei em ir embora, mas não iria perder meu domingo no parque. Não fiquei no lugar desejado, porém bem próximo, de modo que podia ouvir os jovens perfeitamente. Desse lugar podia-se observar o lago do parque e um lindo jardim com flores muito avermelhadas e todas as pessoas que faziam caminhadas, contudo meu interesse se voltou para a conversa dos cinco amigos que estavam perto de mim. Não que eu fosse bisbilhoteiro e nem estava interessado em ninguém daquele grupo, mas a voz de um dos jovens começou a chamar minha atenção. Era de um timbre muito bonito, parecia alguém do rádio, uma voz que parece ser muito convincente e decidida ao falar. Logo percebi que era uma espécie de líder do grupo e que possuía a fenomenal capacidade de controlar situação e as pessoas ao seu redor; tinha um forte espírito de liderança. Descobri que seu nome era Ketlyn.

sábado, 23 de outubro de 2010

O PARENTE INSISTENTE FOI EMBORA - O PRIMO BASILIO



Até que enfim! O parente insistente foi embora. Tem uma semana que terminei de ler o livro e só agora posto sobre ele. Da metade dessa obra para o final, as chantagens de Juliana se tornam freqüentes, como já tinha escrito antes. Contudo, um dos pontos altos da trama está quando, ainda no capítulo dez, ela vê uma notícia no jornal que Castro, o milionário iria se mudar. Castro, aquele que Leopoldina – creio que a única feliz nessa história – ofereceu como a solução de seus problemas: vender seu corpo em troca do dinheiro para pagar a empregada. Nesse ínterim, Juliana chega a dizer: - “Quem manda agora sou eu”. Luísa, com a ajuda da devassa e feliz Leopoldina, consegue um encontro com Castro, mas quando iam consumar o fato, a adúltera cheia de moralismo volta atrás.
Os problemas de Luísa aumentam quando Jorge chega a casa e encontra Juliana deitada lendo o jornal enquanto Luísa trabalha. O marido começa a ser irônico chamando Juliana de ama e mestra. É nesse capitulo – XI – que Jorge se irrita e manda Juliana ir embora; começa uma discussão sem precedentes na história. A empregada vai ter com a patroa e chega a chamá-la de puta. A cozinheira Joana defende a patroa e dá um tapa na cara de Juliana. A situação estava insustentável, a solução de Luísa foi contar tudo a Sebastião, que resolve ajudar.
Sebastião foi decisivo para que a história do adultério de Luísa não viesse a tona e se tornasse um escândalo. Pede para ficar a sós com Juliana. Luísa de Jorge vão ao teatro. Sebastião vai com um policial até a casa de Luísa para meter medo em Juliana. Bastou a ameaça de prisão que Juliana entregou as fotos a Sebastião, porém ela ameaçou contar a Jorge mesmo assim, porém Sebastião ameaçou denunciá-la como ladra de roupas e jóias da patroa. Nesse instante a empregada passa mal e morre.
Mesmo com a morte de Juliana, a saúde de Luísa piora. Tem uma espécie de febres cerebrais. Nesse momento do livro – capítulo XIV – Basílio manda uma carta para Luísa de Paris. Jorge abre essa correspondência e descobre tudo. Desabafa com Sebastião, mas continua a cuidar da esposa.
Quando Luísa teve certa melhora, o marido traído entrega a carta à esposa adúltera que desmaia imediatamente. Daí a doença piora e Luísa chega a óbito.
No último capítulo e um mês depois da morte de Luísa, Basílio chega à Lisboa e sabe da morte da ex-amante. Tem lembranças irônicas do romance de verão que teve com sua prima.
Espero, agora, fazer um comentário geral da obra em uma postagem posterior. Mas já estou com saudades desse livro. O romance que estou lendo chama-se “A outra volta do parafuso” de Henry James. É uma história de terror.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

UMA DOCE LEMBRANÇA



Uma recordação povoava minha mente enquanto observava algumas fotos. Lembrei claramente de um fato ocorrido quando possuía apenas sete anos de idade, ou seja, a 18 anos atrás. Estava em 1992 a assistir o programa que Gugu apresentava – isso mesmo, a programação de outrora também não era diferente. Esse insuportável apresentador estava fazendo mistério com um livro. Minha mente de criança estava sendo atacada por um mistério que rondava aquele livro. Era o livro Sex, com fotos eróticas de Madonna, lançado pela Warner juntamente com o álbum Erotica. Rainha dos escândalos e polemicas que deixam a ridícula da Paris Hilton no chinelo – nossa! Não dá nem para comparar. Madonna atacava diretamente os costumes moralistas de sua sociedade e a Igreja católica – ela que estudou em colégios de freira – e ainda prega aliberdade sexual.
No programa de Tv Apresentado por Augusto Liberato, alguns pedaços das fotos do livro acabaram sendo mostradas, acho intencionalmente, pelo cinegrafista. Como fiquei curioso por ver essas fotos. Com uma capa dourada e edição de couro, era extremamente atraente. Fato: só hoje, 18 anos após aquele evento infantil excitante, pude ver o ensaio completo das fotos. Agradeço a internet.
Lembro que as fotos foram um verdadeiro escândalo na época. Mas os conservadores anos 90 nos deixaram essa pérola. A frase que começa o livro: I’ll teach you how to fuck. Traduzam!
Com fotos de lesbianismo, sex hardcore, lickass, sadomasoquismo e todas as possibilidades sexuais, Madonna também conta suas fantasias sexuais (as mais lascivas) em partes escritas. Curioso que ícones das celebridades participam com ela: Naomi Campbell, Isabela Rosselini, etc.
Não colocarei nenhuma foto do ensaio, pois vários dos visitantes do blog não possuem a faixa etária correspondente. Nem colocarei link nenhum. Contudo, como minha mente foi visitada por lembranças de minha infância, não faço comparações com a Madonna de hoje, mas apenas agradeço a ela pela boa noite de sono que terei depois de observar aquelas fotos.

domingo, 17 de outubro de 2010

DOMINGO, FEIRA, WOODY ALLEN

Até hoje só tinha assistido três filmes de Woody Allen – pela ordem assistida: Scoop (2006), Zelig (1983) e Vicky Cristina Barcelona (2008). O filme de 1983 assisti em casa, graças ao meu amigo japonês, os outros tive o prazer de assistir no cinema. Esse domingo fui à feira para comprar o novo filme de Allen (o quarto que assito desse diretor). Como já tinha informado nesse blog, os filmes estão sem a legenda em português, fato que obriga assistir-los dublados. Geralmente assisto em inglês, pois tenho alguma habilidade nessa língua, contudo um “Woody Allen” requer um nível muito alto na língua inglesa, visto que a linguagem é muito rebuscada. Fiquei extremamente feliz ao assisti o filme dele esse domingo: “Tudo pode dar certo”(2009). Dei muitas risadas com essa pérola do cinema contemporâneo. Com esse filme ele volta a sua cidade natal (NY) depois de fazes filmes em outros países. Ele não atua, mas o papel principal é explicitamente inspirado nele. Pequeno resumo do filme:
Um físico chamado Boris, que concorreu ao premio Nobel e não ganhou, tem a mania de se isolar e fala da vida de uma forma muito direta e realista, se tornando uma pessoa insensível ao extremo. Sua vida muda quando ele conhece Celestine, de 17 anos, vinda do interior e ignorante segundo Boris. Casa com ela. Até que um dia, do nada, a mãe da garota aparece por lá. Igualmente sulista, desacostumada com a cidade grande e bastante religiosa, ela desaprova o casamento e parte atrás de um partido melhor para a sua filha. Na sua busca, acaba também ampliando os seus horizontes sobre a cidade e si mesma. Caminho que depois será percorrido também pelo pai de Melody, que também chega a Nova York para se descobrir e entender o que é ser feliz.
Com um roteiro muito bem articulado, fazendo com que o observador, que nesse filme interage com os personagens, fiquem presos as vicissitudes dos personagens. O final é feliz, mas as críticas feitas a sociedade, principalmente à americana, deixam uma insatisfação muito grande em que assiste. As risadas são dadas como uma saída ao pessimismo do personagem principal que, mesmo com um final aceitável feliz, não perde seu senso crítico. Um bom filme para um Domingo que ao foi muito bom. Senti dores de cabeça, fiquei com os sentimentos extremamente abalados e não ensaiei com a banda no final de semana. Estou pessimista.


sábado, 16 de outubro de 2010

AINDA CONTINUO COM ESSE PARENTE EM CASA - O PRIMO BASÍLIO



É um livro longo, mas não me canso. Tenho a mania de fazer leituras de vários livros ao mesmo tempo, mas com focos diferentes. Como já sabem estou lendo Foucault, como Filosofia e artes, e em literatura estou lendo O primo Basílio, que escrevo minhas impressões nessa postagem.
A partir do Capítulo VII, Luísa vai percebendo o esfriamento de Basílio e enfrentam a primeira discussão. Em uma das partes do livro a discussão termina em uma tórrida transa regada a muitas lágrimas. Um trecho chamou muito minha atenção, pois já fiz a mesma coisa e gostei muito: Basílio ensina Luísa como se deve beber champanhe – “ tomou um gole [...] e num beijo passo-o para a boca dela. Luísa riu muito, achou divino, quis beber mais assim”.
Essa é a metade do livro e o rumo dos acontecimentos mudou radicalmente a partir daí. Luísa ia ao seu encontro diário quando encontra o Conselheiro no caminho que a faz perder o horário com Basílio,chega em casa furiosa e encontra Juliana arrumando o quarto. Uma briga ferrenha começa e até uma vassoura é arremessada. Juliana, a empregada que odeia seus patrões explode:
“- Que as cartas que a senhora escreve aos seus amantes, tenho-as eu aqui!
Luísa desmaia.
Seu primeiro pensamento foi em fugir com Basílio. Quando ela propõe isso ao amante ele nega, pois para ele bastava dar dinheiro a empregada. A verdadeira personalidade de Basílio vai sendo apresentada durante o capítulo VIII. Ele encarava Luísa como mais uma amante. Juliana pede 600 mil réis a patroa.
As ameaças de Julia na começam no capítulo IX. Basílio já tinha saído da cidade e Luísa escreve para lhe pedir o dinheiro; ele não responde. Jorge está para voltar e pede para Juliana que não conte nada a seu marido, que iria arranjar o dinheiro. Depois de um sonho com o marido ele realmente acaba voltando ainda nesse capítulo.
Nos capítulo seguinte (cap. X), as chantagens de Juliana aumentam e até Jorge percebe a mudança no trato com a empregada. Juliana muda de quarto, ganhou roupas novas e até uma cômoda. A fama de empregada cheia de presentes se espalha por Lisboa que até ofertas de serviços foram enviados para a casa. No meio da prosperidade de Juliana Luisa definhava e sua tristeza aumentava a cada dia.
Juliana começava a deixar a casa de mão – o desleixo da empregada tomou gravas proporções. Jorge lançou uma camisa mal passada na cara de Juliana que lançou um olhar mortal para Luísa.
A situação estava insuportável. Luísa foi a casa de Leopoldina para se aconselhar. Solução de Leopoldina: pedir dinheiro ao Castro em troca de serviços sexuais. Luísa retrucou violentamente.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

NÃO TRABALHO COMO CURADOR DE EXPOSIÇÕES ARTÍSTICAS, MAS ...



A terceira parte do livro de Foucault é interessantíssima e fundamental para entender o panorama da pintura ocidental. Uau! Como estou empolgado com esse livro! Pesquisem a autoria dos quadros nas imagens dessa postagem.

III – KLEE, KANDINSKI, MAGRITTE
Nessa terceira parte do livro – Isso não é um cachimbo –, Foucault apresenta os dois princípios que predominaram sobre a cultura ocidental e, respectivamente dois artistas que romperam com esses dois princípios.
v Primeiro princípio: separação entre imagem e texto.
A representação mental de um gato visto em uma tela de pintura pode ser a mesma ao ler os sinais gráficos G-A-T-O. Porém, Foucault exprimiu que há uma espécie de hierarquia indo “da forma ao discurso ou do discurso à forma” e que “o signo verbal e a representação visual não são jamais dados de uma só vez”. É nessa perspectiva que o autor irá afirmar que Paul Klee vai abolir esse primeiro princípio, visto que em suas obras ele apresenta espaços incertos, justaposição de figuras e as sintaxes dos livros.
v Segundo princípio: equivalência entre o fato da semelhança e a afirmação do laço representativo (Isto é isto).
Ao observar um quadro de Rembrant é possível que haja essa pergunta: o que é isso? A possível resposta: é uma aula de anatomia. É um vício, ou hábito que tem fundamento segundo o autor francês. Contudo, em uma obra abstrata a resposta se complica. Daí a afirmação de Foucault que Kandinski rompe com esse segundo princípio.
Magritte está aparentemente distante de Klee e Kadinsky, mas um sistema lhes é comum: uma figura pode ser oposta e até mesmo complementar.




quinta-feira, 14 de outubro de 2010

CALIGRAMA DE MAGRITTE SEGUNDO FOUCAULT



Os quadros de Magritte que Foucault vai analisar podem ser observados na postagem anterior. Ao comentar acerca da primeira versão (a que possui apenas um cachimbo) o autor afirma que ela é simples, pois o cachimbo representado não é o objeto, mas a representação dele, isto é, as letras desenhadas no quadro corroboram com a idéia do desenho.
É nesse ínterim que Foucault vai tratar acerca do caligrama. Fiquei curioso acerca dessa forma poética desconhecida por mim. Lembrei da poesia concreta, mas percebi que é diferente. Caligrama é uma espécie de pictograma. Analisando morfologicamente: picto vem de imagem e grama de grafia, ou escrita. Dessa forma, leva a crer que é uma junção entre a imagem e a escrita ou, até mesmo, escrever formando imagens. Na foto dessa postagem está uma caligrama de Apollinare, o primeiro a utilizar a palavra caligrama no séc. XX. As vanguardas do início do século citado anteriormente acabaram popularizando esse tipo de escrita/grafismo. O design do texto complementa seu sentido.
Segundo Foucault, o caligrama possui um tríplice papel:
Ø Compensar o alfabeto.
Ø Repetir sem o recurso da retórica.
Ø Prender as coisas na armadilha de uma dupla grafia.
Cito o autor francês: “Acuando duas vezes a coisa de que se fala; por essa dupla entrada, garante essa captura, pois o discurso por si só e o desenho não são capazes”.
No caso da tela de Magritte, o desenho do cachimbo prolonga a escrita e completa o sentido que está faltando. Dessa forma, segundo Foucault, o texto desenhado do pintor belga é duplamente paradoxal: 1) pretende nomear o que não tem necessidade de sê-lo e 2) no momento em que deveria nomear faz uma negação – isso não é um cachimbo.
São três as interpretações do enunciado desenhado com letras cursivas na tela da primeira versão de Magritte:
I. Isto (o desenho do cachimbo) – não é – um cachimbo.
II. Isto (o próprio enunciado desenhado na tela) – não é – um cachimbo.
III. Isto (o conjunto constituído por um cachimbo em estilo caligráfico e por um texto desenhado) não é um cachimbo (elemento misto que depende do discurso e da imagem) – não é um cachimbo.
“Magritte quer reconstituir o lugar-comum à imagem e à linguagem”. Existe uma série de negações – quadro, a frase escrita, o desenho do cachimbo – em que tudo não é um cachimbo. Curiosidade apontada por Foucault: as letras cursivas lembram a de um mestre que está ensinando uma turma a escrever.
Já estou ansioso pela próxima postagem em que comentarei esse livro, pois Foucault irá comparar as obras de Magritte com Paul Klee e Kandinsk. Esses dois últimos citados foram estudados em algum momento na minha graduação em filosofia. Se minha memória não estiver falha, é Walter Benjamin quem analisa Klee. Com relação a Kandinsk, estudei sobre a relação entre a mística e a arte abstrata.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

CECI N'EST PAS UNE PIPE - SE NÃO ENTENDEU LEIA A POSTAGEM, SE ENTENDEU LEIA TAMBÉM




FOUCAULT, Michael. Isto não é um cachimbo. Trad:Jorge Coli. Rio de Janeiro: Paz e terra, 2008.
Prometi escrever sobre o caligrama na última postagem, porém Foulcaut só irá tratar dele na segunda parte de seu texto. Apenas irei fazer o fichamento da primeira parte de seu texto em que o autor vai apresentar as duas obras de Magritte. As imagens das duas obras do artista surrealista belga estão aqui nesta postagem.
1º) O quadro tem um cachimbo com uma frase: Isso não é um cachimbo.
2º) Essa versão tem o mesmo cachimbo e o mesmo enunciado. Contudo, o texto e figura do cachimbo estão dentro de uma moldura, que repousa em um cavalete sobre tábuas. O curioso dessa versão é que existe a presença de outro cachimbo fora da moldura – flutuando – e bem maior que o outro.
Pode-se observar nas imagens dessa postagem e perceber as diferenças das duas versões.
Cito Foucault: “A primeira versão só desconcerta pela sua simplicidade. A segunda multiplica visivelmente as incertezas involuntárias.”
É nesse ponto que a análise do francês irá se aprofundar, visto que o quadro que traz dois cachimbos é que traz incertezas em contraposição ao outro que é simples. Foulcault afirma que o espantoso é a diferença entre os dois cachimbos da mesma figura:
§ O cachimbo que está dentro da moldura possui parâmetros espaciais (largura, altura, profundidade); “estável prisão”.
§ O cachimbo que paira no alto não tem coordenadas.
Um outro questionamento do filósofo é acerca do cavalete que segura a moldura com o cachimbo estável, pois só possui superfície de contato por três pontas finas. Será que o cavalete iria cair com sua tela? O que está no assoalho rústico de madeira está desordenado enquanto o cachimbo que flutua está imóvel e inacessível?
Com essas considerações, Foucault inicia seu livro apresentando os dois cachimbos e, agora sim, irá apresentar o que ele chama de caligrama tão esperado na postagem anterior, contudo esperarei para falar dele na próxima postagem.

domingo, 10 de outubro de 2010

SONHO, MAS NÃO CONSIGO LEMBRAR. SOLUÇÃO: VEJO UMA OBRA SURREALISTA



Sempre gostei de apreciar os quadros surrealistas que se apresentavam nos livros. Confesso que o surrealismo no cinema não me é muito atraente, mas entendo sua proposta. Esse movimento vanguardista ocorreu nos campos artísticos e literários do início do século XX, sob influência das teorias de Freud – a “descoberta” do inconsciente. Escrevo sobre o surrealismo porque comecei a ler um livro que discute uma obra de arte surrealista. Nome do livro: “Isso não é um cachimbo” de Michael Foucault. Sim! Foucault, que é citado no filme recordista de bilheteria pirata Tropa de Elite. Iniciei a leitura desse livro e tenho que ter noções sobre o movimento surrealista. Entendo que o surrealismo está associado a “descoberta” do inconsciente, visto que o racionalismo “consciente” impediria a produção livre do pensamento. Deve-se partir para além da lógica e expressar mundo do inconsciente e, até mesmo, dos sonhos. Nas últimas semanas assisti um dos filmes emblemáticos do surrealismo, produzido também por ícones desse movimento: Um cão andaluz, de Luiz Buñuel e Salvador Dalí.
Ao pesquisar sobre o surrealismo obtive uma informação muito interessante: “OS SURREALISTAS REJEITAM A CHAMADA DITADURA DA RAZÃO E VALORES BURGUESES COMO PÁTRIA, FAMÍLIA, RELIGIÃO, TRABALHO E HONRA”. Isso me interessa muito, visto ter uma visão acerca do ser humano contra uma existência utilitária.
Foucault irá analisar dois quadros de um dos principais representantes do surrealismo: René Magritte. Porém, foi necessário ter voltado uma leitura básica sobre o surrealismo. Outra necessidade, para adentrar com propriedade no livro de Foucault, é ter conhecimento sobre o que seja Caligrama. Como fiquei curioso sobre o caligrama, mas sobre isto deixarei para a próxima postagem.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

ESBOÇO DE UMA ANÁLISE DA POESIA DE SANTO SOUZA



A análise de A construção do espanto (1998) pode ser dividida como a própria divisão do texto feita pelo autor.
1 – Nos portões do abismo
É nesse trecho inicial que o autor exprime o sentimento de angústia da limitação humana frente aos limites impostos pela linguagem e pelo conhecimento do inacessível.
Mas resta a esfinge. E a nossa angústia, ao ver
a porta sempre aberta à ventania
da eterna indagação do acontecer
na treva indevassável, a agonia
ante o enigma maior – ser ou não ser,
com que a argúcia de Deus nos angustia.
(Souza,1998,p.14)
A esfinge representa o que há de misterioso ou o que precisa ser descoberto para a jornada órfica ser continuada. A angústia é sentida quando o enigma é proposto e só é dissipado quando resolvido; a esfinge atira-se no precipício. É o ritual de iniciação em que o poeta Santo Souza propõe no início do livro: vencer a esfinge em seu enigma. Contudo, ao vencer a esfinge é Orfeu ou os mistérios órficos que entram em cena:
E após abrir os portões do abismo,
Orfeu penetra seu falo de luz
No escuro de seu ventre, ó noite...
(Ibidem,p.15)
2 – Noite inaugural
O poeta sergipano inicia essa segunda parte do poema fazendo uma crítica à civilização que roubou a beleza natural das coisas, porém dois símbolos utilizados chamam atenção pela sua recorrência em obras anteriores. O primeiro é a rosa, cujo simbolismo remete a pureza inicial da palavra, ou seja, o iniciado deve cultivar a palavra para que não perca o frescor e exale o perfume do jardim do poeta. O segundo símbolo é o do espelho – essa referencia simbólica é bastante importante para a construção do imaginário poético de Santo Souza. O espelho precisa estar intacto, como a rosa, para que a tentativa de enxergar o reflexo do real possa ser mais nítida. A imagem projetada no espelho é uma imagem invertida do real, mas ela serve como referência mais próxima, por isso necessita estar límpido. O espelho quebrado representa o rompimento com a tradição que precisa ser refeito:
Partiram-nos o espelho, e o imediato
trabalho que nos resta é recompô-lo,
reter-lhe a simetria em nossas mãos,
dar-lhe contorno, luz e densidade,
subtraí-lo da noite e penetrar
sem medo e ousadamente em seu reflexo,
para arrancar de dentro nossas faces,
nossos olhos insones, nossos mortos,
o som das nossas músicas antigas...
(Ibidem,p.25)
A interpretação desse símbolo – espelho – tem como base a psicologia. Ela cita Karl Sheibe e apresenta três propriedades simbólicas:
I. Refletir e registrar informações; uma maneira de produzir conhecimeto.
II. Gerar autoconhecimento, pois o indivíduo se enxerga nele.
III. Refletir a história da humanidade; reflete o passado.

Recompor o espelho, então, significa também reconquistar essa perda: o conhecimento do mundo, o de si mesmo e o da história. .

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

ANTÔNIO CARLOS VIANA - NO MEIO DO MUNDO - LITERALMENTE


Nas segundas-feiras não trabalho durante o dia. É o dia da semana que utilizo para resolver pendências; se não houver utilizo como dia de lazer. Vou ao mercado central comprar meu queijo, beber uma dose de “milone” etc. Como também já é de costume vou aos sebos “populares” – isso mesmo, existe sebo (venda de livros usados para elites – da capital. No sebo “Dinossauro” encontrei um livro de contos de Antônio Carlos Viana. Há tempos vinha tentando ler algo desse autor, a procura se intensificou quando participei da palestra apresentada por ele sobre o poeta João Cabral de Melo Neto. Nome do livro: “ O meio do mundo e outros contos” pela Companhia das letras. Como é característico desse gênero literário, o talento do autor é expresso na habilidade de segurar o leitor até o final de sua narrativa. Além dessa característica, Viana apresenta em seus personagens características que fazem deles – explicitamente – universais. Eventos traumáticos ou que representem um ritual de iniciação são comuns nos contos desse livro.
Sempre elejo os contos que mais me chamam atenção, da mesma forma que as cenas dos filmes, dessa vez foi o conto: “O dia em que Céu casou”. O narrador personagem é o irmão da noiva (céu) que se vê metido nos preparativos para o casamento da irmã. Esse garoto dorme na mesma cama com outra irmã e o quarto de Céu está sendo preparado para as núpcias. Ela iria casar com um agrônomo da capital para felicidade da família, só a avó reclama por achar ela novinha demais. Os primos do garoto informam o que iria acontecer à Céu na noite nupcial – fica com pena da irmã. Sem delongas, visto ser um conto, na noite aguardada, após o casamento, o garoto acorda grudado com sua irmã, tinha ejaculado. Os eventos desse conto são tão cativantes que o final dessa história leva a pensar um ser humano desprovido das amarras sociais. Ao mesmo tempo o personagem central vai aprendendo seu lugar na sociedade. Como voltei a Le “Eros e civilização – uma interpretação filosófica do pensamento de Freud”, os conceitos de Princípio de realidade e Princípio de Prazer vêm à tona quando li o livro de Viana. Freud fica para outra postagem.

Todo mundo odeia o Cris


Everybody hates Cris ou Todo mundo odeia o Cris é um sitcom americano que conta a infância do comediante Cris Rock. Uma curiosidade sobre a série é que seu nome é uma referência a outra série de grande sucesso: Everybody loves Raymond.
A história começa com Cris Rock em seu primeiro dia de aula numa escola muito afastada de sua casa e que é freqüentada por brancos. E assim a história se leva com as venturas (muito cômicas, por sinal) de Cris e sua família. Embora grande parte do humor da série se deve a piadas sobre diferentes raças (como, por exemplo, piadas sobre brancos, negros e asiáticos). O seriado consegue arrancar risadas com referências e críticas a grandes personalidades americanas e a cultura americana em si.
Um pequeno resumo dos personagens principais:
· Cris: é um típico nerd dos anos 80, não é popular, não é bom em esportes e apanha na escola. Sempre que tenta fazer algo dá errado e ele sempre se dá mal.
· Julius: é o patriarca da família, e meu personagem preferido. É pão-duro e sempre tenta economizar. É controlado por sua mulher.
· Rochele: a matriarca da família; vive batendo e gritando com seus filhos. Ela é o que Cris classifica como pobre e soberba, já que gosta de passar a idéia de que é rica para as pessoas.
· Drew: é o irmão mais novo de Cris, mas mesmo assim parece ser mais velho que ele, além se ser maior, mais popular e melhor em esportes.
· Tonya: e a irmãzinha “pestinha” de Cris e Drew. Vive entregando e importunando Cris.
Com narração do próprio Cris Rock (o que rende tiradas rápidas e engraçadas) e uma trilha sonora que vai de Michael Jackson à Ozzy Ousbourne, Everybody Hates Cris agrada qualquer tipo de público.
E como diz a música no final de cada episódio:
Everybody hates Cris...
( Por João Vítor Garrido)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

ALUNO POETA

O amor

Sem o amor não tem como viver
Porque quando começamos a ver
Uma pessoa bonita
Pensamos que ela é uma margarida
Pois o amor é lindo
Porque sem o amor não vivemos sorrindo
E nem seguimos em frente
Pois quem ama é muito valente
Se você nunca amou tem que tentar
Porque amando você vai se expressar
Pois é tão lindo que não vai mais querer parar
O amor é tudo na vida
Sem pagar nenhuma dívida
O amor é sem fronteira
Quando pensa em amor não pensa em besteira
O amor é tudo na vida
O amor é irmão da paixão
Que são filhos do coração
Pois já me apaixonei
Enquanto senti isso gostei
Pois quando você sentir
Vai viver a sorrir
E eu digo a você que o amor é lindo.
(JOHN WILLIAM, sexto ano do ensino fundamental)