quarta-feira, 11 de agosto de 2010

DIA DO ESTUDANTE - MAIS UMA VEZ



In vino veritas (no vinho está a verdade). Não! Não ingeri uma gota do precioso líquido ofertado a Baco – ou Dionísio, deus do vinho – ao escrever essas palavras. Apesar de ser professor e gostar – até agora – do que faço, sempre fui crítico da classe estudantil que ainda faço parte. Hoje, como uma data especial, irei defender os estudantes; não de forma romantizada, mas cheia de sentimentos e apreço.
Minha crítica pueril e inicial aos estudantes era de não ser necessário ser bom aluno para garantir uma vida feliz. Para sustentar essa tese afirmava que os índios não estudavam e eram super felizes. Só agora entendo que à medida que os seres humanos se encontram em uma sociedade a transmissão de conhecimentos se faz necessidade básica para a própria sustentabilidade dessa sociedade. Contraponho à minha hipótese inicial: nas sociedades indígenas as “escolas” são substituídas por outras formas que transmitem o saber.
OBS: Os mais velhos, nas sociedades indígenas, são considerados mais sábios.
Talvez a criação da primeira instituição com a responsabilidade de educar foi criada na Grécia – a academia de Platão. Nas sociedades contemporâneas ocidentais a escola tem um papel fundamental; portanto os estudantes são o centro dessa instituição.
Juntar pessoas e tentar criar nelas o espírito apto ao conhecimento é algo difícil. Tentar criar a consciência crítica nos estudantes é algo doloroso. Mas a mágica de uma escola está nos próprios estudantes que, com suas personalidades diversas, nos trazem momentos de pura alegria e nostalgia. Vejo-me em meus alunos que repetem muito do que já fiz. Defendo os estudantes só hoje, que é um dia especial, mas amanhã tudo volta e os atacarei, repreenderei e provocarei, da mesma forma que fizeram comigo.

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