sábado, 23 de janeiro de 2010

A formiga e a lagartixa



Uma formiga com asas se aventura, após uma chuva fina que refrescou o solo, em adentrar numa residência que está iluminada – isso é um atrativo para essa formiga. O que ela não esperava era encontrar uma tela de proteção contra insetos que estava na janela. De repente, nossa amiga sentiu uma corrente de ar e percebeu que a porta estava entreaberta. Dessa passagem vinha uma luz que estimulou a entrada da formiga para dentro da casa.
No interior da residência, outra figura conhecida dos lares estava atentamente observando a entrada atrapalhada da formiga voadora. Era uma lagartixa que movia a cabeça de acordo com a direção que a formiga alada tomava. Se a formiga pousasse perto da lagartixa seria seu fim. O inseto já tinha pressentido perigo, pousou na parede oposta em que estava a lagartixa.
- Porque você não para de me olhar? – perguntou a formiga – estou com medo de você.
- Na verdade, companheira, estava aqui sozinha e fiquei feliz por ter uma companhia; quero fazer amizade com você – mentiu a lagartixa que tinha a intenção, na verdade, de devorar a formiga.
A formiga alçou vôo novamente e a lagartixa salivou ainda mais. O show aéreo errante de nossa amiga encantava o lagarto tal qual um encantador de serpente. A luz, até então, que iluminava a sala, vinha de uma lâmpada fluorescente instalada no teto. A formiga começou a voar em torno da lâmpada e a bater com a cabeça nela. O calor proveniente da lâmpada começou a machucar as antenas da formiga que começou a chorar. Pousou novamente na mesma parede que já tinha pousado anteriormente.
- Venha minha amiga formiga, eu irei passar minha língua em suas queimaduras para ajudar a sarar a dor.
- Ai! Ai! Eu ainda não lhe conheço bem. Minha mãe, a rainha, disse para não cair na conversa de estranhos; principalmente daqueles que possuem rabo.
A barriga da lagartixa roncou por causa da fome que sentia. Ela perguntou para a formiga se não tinha um lanche para saciar a fome dela. Nesse instante, uma pessoa entra na sala e liga a televisão. Com a luminosidade gerada por aquela caixa, a formiga ficou cega, no primeiro instante, mas depois ficou encantada com aquelas cores e formas.
A lagartixa nem se moveu em direção a televisão. A formiga, mais uma vez, levantou suas asas e se aventurou nessa empreitada enquanto podia, visto que ela logo iria perder suas asas. Ficou voando em círculos, mas o encanto do brilho da TV fez com que ela perdesse o senso de direção: pousou bem ao lado da lagartixa. O réptil, seguindo seus instintos, escancarou a boca e estava prestes a devorar a frágil formiga. O susto foi tão grande que as asas da nossa amiga insetívora caíram. O tamanho era desproporcional, a lagartixa era um verdadeiro dinossauro perante a formiga. Só restava a pequenina usar a inteligência para não ser engolida.

RESTA AGORA O FINAL DA HISTÓRIA. O FIM E POR CONTA DE VOCÊS, ESCREVAM NO COMENTÁRIO A SUA SUGESTÃO DE FINAL PARA ESTA PARÁBOLA; PENSEM EM UMA MORAL PARA ELA.

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