quinta-feira, 15 de julho de 2010

Devaneios 2ª edição




Devaneios

Imerso em pensamentos e um pássaro a cantar. Joyce era livre em um corpo desnudo. Um “show” perdido. O vazio no pensar, o preconceito da diferença. Um negro vestido a caminhar.
Respiração e o ardor do gengibre. Minhas próprias carícias me angustiam. Uma solidão com pessoas ao redor. O pensamento é descontínuo com um fio que liga tudo. Peixes no aquário, pássaros na gaiola – um canto que assola em gritos de liberdade.
Mãos ressecadas, uma tinta muito bonita. Um amor estranho se torna necessidade. O corpo grita por um amor incompreendido e renegado. Morrerei, qual o sentido das coisas? Ou será que é sem sentido perguntar por um sentido? Viajo, sou covarde. Quero romper o cordão umbilical e sangrar até morrer.
Sono. Uma formiga pode ser mais feliz. Regras. Até para escrever fujo, porém caio na vida. O almoço nu. O lanche naquele dia me fez pensar no artificial.
Círculos, retas, flores. Morta a tartaruga se esvai. Entrou novamente no círculo. Será que a vida exprime o que escrevo? Que distancia devo tomar? A vida imita a arte. A arte quem faz sou eu. Somente imito o que os outros fazem. O original realmente se perdeu.

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