sábado, 10 de julho de 2010

Cerveja + Japones - (Nome não revelado) = Amando Fontes (Os Corumbas)



Os leitores desse blog podem percebem o meu esforço, claro um deleite pessoal, em ler autores sergipanos. Devido a uma conversa de bar com meu amigo Japonês (apelido herdado da universidade para Marcos, também professor de filosofia) veio em minha mente um livro fabuloso do escritor sergipano Amando Fontes. Eu e meu amigo nipônico estávamos, na última segunda-feira, em um sebo (local que vende livros usados) chamado “Dinossauro”, no centro de Aracaju. Estávamos esperando ansiosamente uma pessoa – o nome dessa criatura não será revelado. Ficamos tomando uma, não três, cervejas na praça da Catedral. Creio que foi aí que surgiu o tema sergipanidade, já tratado neste blog. Porém o nome de Amando Fontes ficou ecoando em minha mente horas depois de não ver mais meu colega de bar, literário, filosófico e agora musical.
“Os Corumbas” é o nome da obra desse autor que já tive acesso. Como tenho uma memória boa para datas, recordo que li esse livro em 1999. Onze anos se passaram e tento lembrar os nomes dos personagens, locais que serviram de cenário para a história. Lembro que Escola Normal, que estudei na realidade e onde fiz meu ensino médio, era uma desses locais que o autor usou em sua trama. Resumindo: lembro da história de uma família com muita pobreza, trabalho nas fábricas do Bairro Industrial, prostituição etc. É um retrato de um Sergipe industrial do início do séc. XX.Curioso e que os personagens femininos são as melhores figuras, afirma o senhor Graciliano Ramos, comentando o autor sergipano. Descobri também que a partir da 5ª edição a editora foi a José Olympio, que tanto ajudou os nordestinos na literatura. Esse livro traz um drama que me fez, na época, encher meus olhos de d’água. Como faz tempo que um livro não faz isso comigo. Preciso parar de ler o “beatnicks” ou, então, virar um junkie.

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