quarta-feira, 30 de junho de 2010

Sou eu melhor que um porco? Nunca comi carne de gente gente [comentário acerca de um precioso documentário- Jorge Furtado feito por uma aluna 3ºmedio]



O documentário apresenta as coisas em mínimos detalhes, começando com o senhor Susuki, que é mamífero, com polegar opositor e encéfalo altamente desenvolvido. Ele é um proprietário de terras produtoras de tomates que troca por dinheiro; os mesmos vão aos supermercados e ficam nas prateleiras, até que Dona Nete (mamífera, com polegar opositor e encéfalo altamente desenvolvido) compra-os para fazer um prato para a família. Ela escolhe os tomates e os que não passam pela seleção são jogados no lixo – “lixo é tudo que não é aproveitado, como os tomates que Dona Nete jogou” – explica o narrador de filme, Paulo José.
O tomate que Dona Nete jogou, pessoas com encéfalos altamente desenvolvidos e polegares opositores deposita em um caminhão que vai para a Ilha das flores. Uma parte desse lixo vai servir de alimento para os porcos. O que não serve para o porco vai servir para outras pessoas que, diferente dos porcos possuem encéfalo altamente desenvolvido e polegares opositores, mas não tem dinheiro e vivem em uma situação precária.
O documentário “Ilha das Flores” (1995), dirigido por Jorge Furtado relata uma grande realidade: a desigualdade social. Pessoas que vivem em estado de miserabilidade total, vivendo pior que os porcos (que possuem um dono). O que faz as pessoas chegarem a esse ponto?
O alicerce para uma vida estável é o dinheiro, sem ele é praticamente impossível uma pessoa sobreviver (mas tem lá suas exceções), além de serem tratados de uma maneira marginalizada. Os políticos precisam de pessoas sem capacidade mental de lutarem pelos seus direitos, de pessoas mal intelectualizadas, para garantir o voto, sabendo que isso garante sua permanência no poder.
(Flávia Rocha 3º ANO Ensino médio)

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