quinta-feira, 17 de junho de 2010

Mary Shelley, a undergrond


Assisti novamente um filme absolutamente genial: A noiva de Frankenstein(1935, dirigido por James Wale). Claramente um filme-continuação, não perde o caráter de orginalidade. O monstro literário se torna cinematográfico; um ser criado apartir de membros de outros seres não se encontra no mundo que é lançado, sem nenhum objetivo ao ser criado. Qual a intenção do doutor Frankenstein em criar aquele "monstro"? Aparentemente se igualar a Deus. Certo! Ele conseguiu demonstrar um enorme poder em dar vida a um outro ser; mas qual a intenção de dar a vida? Me lembra o existencialismo literário, em que o ser humano é lançado ao mundo sem nenhuma finalidade, cabe a ele dar sentido as suas ações (recomendo ler Sartre ou Camus). A cena inicial que apresenta um diálogo entre a autora da história de terror com o poeta escalafobético romântico Lor Byron é memorável. O Monstro se encontra numa profunda crise existencial, qual a função de sua existência, por que ele é diferente do outro são perguntas que permeiam a mente afetada desse interessante persongem. Ele se torna autônomo de seu "criador", não segue as regras por ele impostas. Não contarei mais sobre a trama envolvendo a noiva dessa criatura, pois quero que meus leitores procurem assistir esse filme. Fiz o download, quem quiser está disponível.




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