quarta-feira, 9 de junho de 2010

SERGIPANIDADE!?


The americam way of life. Pontualidade britânica. Preguiça bahiana. E a sergipanidade? É possível buscar esse tipo de identidade cultural nas mais diversas regiões do mundo? E em Sergipe? Esses questionamentos surgiram ao assistir um canal da TV pública do Estado que apresenta uma série de programas com uma qualidade satisfatória. Contudo, essa Tv pública apresenta uma série de programas espíritas (não é os adeptos o alvo da crítica) que maculam os nos programas apresentados lá.
O modo como uma identidade cultural é construída é quase imperceptível aos nossos olhos temporais insignificantes. É fato que sempre uma cultura considerada superior (isso passa pelo aspecto bélicoxxx) tenta impor suas características sobre as outras. Procurar identidade cultural em um mundo dominado pelas influências é complicado, mas a situação se agrava quando penso em Sergipe. Expressões como “Sergipe é o quintal da Bahia” me deixam angustiado, pois parece estar impregnado no subconsciente coletivo dos sergipanos.
Infeslismente Sergipe é uma colônia – em instância maior dos EUA, em menor da Bahia. Essa colonização midiática, econômica e cultural não é justificativa para uma falta de identidade sergipana. Aquelas japonesas americanizadas, ridículas com cabelos loiros podem falar inglês, mas sua cultura (apropriada para o consumo, como os mangás) os torna diferentes. Quais são as características que fazem um sergipano se reconhecer sergipano? Com certeza comer acarajé, levantar os braços e mexer a bunda no pré-caju não é.
Não sabia que português era tão difícil até tomar consciência que inglês era fácil. O que está ao nosso redor, por ser comum, não se é percebido; talvez comer hambúrguer seja um hábiot – ruim por sinal – americano em que eles não percebam ser parte de sua cultura. Só falei de hábitos alimentares, talvez porque esteja com fome. Mudando: talvez esteja tão inerente à cultura dos EUA que eles não se dêem conta da merda que eles sempre fazem; seja a bomba atômica, seja o assassinato de Che. Assim, talvez quem esteja de fora possa falar com mais propriedade.
É bem possível, e é o que está acontecendo, que termine e não saiba identificar o que seja essa tal sergipanidade. Mas uma coisa sabe: nossa cultura não é dominante. Contudo, preferiria que fôssemos colonizados por Pernambuco.

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