quinta-feira, 23 de junho de 2011

NA SALA DE ESTAR


Tinham se conhecido há uns dois anos. Quando estavam juntos era apenas uma relação de carinho. Osmair contava com dezoito anos e Sandra dez a menos que ele. Mesmo com a diferença de idade a garota apresentava uma atração inexplicável pelo rapaz que adorava sua companhia. Ela freqüentava a casa de Osmair para brincar com a irmã dele que possuía a mesma idade.
Os anos se passaram e Sandra se tornou mais próxima de Osmair que de sua irmã. Os pais do jovem reprovavam a aproximação dos dois, visto afirmarem não existir amizade entre homem e mulher. Um evento inesperado mudou o rumo da relação dos dois: quando o garoto estava em frente ao computador Sandra chegou por trás e o abraçou. Até esse momento estava tudo dentro da normalidade, mas nesse abraço a língua de Sandra passeou dentro da orelha de Osmair. Ele teve um sobressalto e ficou excitado instantaneamente.  Derrubou a cadeira que estava sentado e, com o barulho, sua mãe correu até a sala perguntando o que acontecera. Osmair respondeu:
- Sandra me assustou e a cadeira caiu.
A garota também ficou assustada com a situação e saiu correndo. Porém, a relação dos dois tinha mudado para sempre.
Quando Sandra completou quinze anos uma atração física e incontrolável entre os dois surgiu, mas ambos não revelavam seus sentimentos um ao outro. Tocavam-se e sentiam como que uma corrente elétrica atravessasse seus corpos. Osmair sentia um ciúme enorme de Sandra e ficava, literalmente, doente só em pensar que ela gostava de outra pessoa.
Nesse período que Sandra teve seu corpo desabrochado, tal como uma flor que atrai pelo cheiro e pela beleza, Osmair conseguiu uma camisa dela e dormia todas as noites abraçadas a ela. Ele tinha roubado essa peça de roupa quando Sandra foi dormir no quarto de sua irmã. Embriagava-se todas as noites com o cheiro de Sandra. Essa atração de Osmair logo se tornara uma obsessão. Masturbava-se três vezes ao dia pensando nela. O máximo de intimidade que tiveram foi numa sexta-feira da paixão quando estava só em casa e Sandra apareceu procurando a irmão de Osmair. Ele deu um sorriso no momento em que a viu parada em sua porta ao sol. Nela tudo parecia atraente: seu cabelo negro, sua nuca aveludada, os pelos que apareciam em sua barriga. Ele conseguia sentir o cheiro dela com dois metros de distância. Ela perguntou o que ele fazia; respondeu que estava assistindo a um filme – foi para a sala de estar com ele.
Sandra sentou-se no sofá e Osmair deitou-se no chão disfarçando a excitação que saltava aos olhos. Começou a alisar as pernas da garota que também ardia em suas entranhas. Ela fingia que não estava acontecendo nada. Ele se ergueu e beijou a coxa dela; numa atitude rápida e ousada tocou a vagina de Sandra por cima da bermuda. Ele levantou e saiu correndo da casa. Osmair ficou muito preocupado, pois pensava que ela nunca mais iria olhar para ele. Foi tomar banho e, logo após, deslocou-se à Igreja par a celebração da sexta-feira da paixão. Já dentro do templo seu corpo e sua alma desejavam Sandra. Naquele dia nunca tinha se sentido tão cheio de desejo, tão mortal. O padre estava erguendo uma cruz de madeira e Osmair só lembrava a cor dourada da amada ao sol – teve uma ereção dentro da Igreja.            

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