quinta-feira, 22 de abril de 2010

VERDADEIRA TRAGÉDIA


Começo contendo uma história emblemática. Ela se passa em um dos livros de Platão: “O Banquete”. Essa obra deve estar no “1001 Livros para ver antes de morrer” – acho que esse livro ainda não fizeram. Sócrates, o feio, estava indo em direção ao banquete com um de seus “amigos”, mas subitamente fica imóvel. Ele pede ao seu companheiro que continue a caminhada, pois está pensando. Consequência: Sócrates chega atrasado ao banquete. Esse simples fato de chegar depois do fato pode ser comparado ao pensador. O filósofo só pensa e analisa o fato depois do ocorrido. Essa comparação feita por Platão e por mim arranjada parece dar ao ofício de pensar certa inutilidade, visto que ele aparenta não interferir na própria realidade. De acordo com a utilidade de uma mente pensante, escreverei em outra oportunidade, mas já posso adiantar: pensadores existem!
Depois desse prólogo sincero devo dizer que, após as tragédias ocorridas desde o início desse ano, nosso dever é pensar acerca disso. Não vou tratar do terremoto no Haiti, nem do terremoto do Chile, nem do terremoto na China. Não vou falar das enchentes em São Paulo e nem da chuva no Rio de Janeiro. Vou me cercar das tragédias ocorridas bem perto da pessoa que escreve esse texto. Um fato chama atenção nas últimas chuvas ocorridas em Aracaju: as pessoas que habitavam na zona de expansão – hoje zona obre – foram colocadas em pousadas e hotéis pagos pelo poder público. No mesmo telejornal que noticiou esse fato pude ver que as pessoas do Bairro Santa Maria – área não nobre – foram alojadas em escolas públicas. Para um pensador, um noticia dessa basta. A pergunta que está em nossas cabeças: por que o governo não pagou instalações dignas aos pobrezinhos desabrigados do Santa Maria?
É incrível como essa pergunta não tenha sido feita pelo telejornal que noticiou essa tragédia. Não vejo outro motivo a não ser participar de uma classe social desfavorecida. Há uma clara distinção entre pobres e ricos. Isso demonstra como são tratados os que têm dinheiro e os que não o possuem.
Com esses devaneios pode-se chegar a muitos questionamentos. Será que as tragédias, que todos os anos se repetem com as chuvas, também demonstram a radical divisão social? Óbvio!
Conselho: desconfiar da merda desses telejornais sensacionalistas que noticiaram as tragédias nas terras do cacique Serigy.


Um comentário:

  1. Gostei muito desse texto muito interessante e legal.eu sou leandro correia andrade do 6° ano a do concenal.

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