sexta-feira, 30 de julho de 2010

Saudosismo de épocas que não vivi





Quanto vale a vida de qualquer um de nós??quanto vale a vida em qualquer situação??quanto valia a vida perdida sem razão??num beco sem saída, quando vale a vida?são segredos que a gente não conta são contas que a gente não fazquem souber quanto vale, fale em alto e bom som

(Engenheiros do Havaí)
All men have secrets.
(The Smiths)


Ambas da década de 80. Só tive a oportunidade de ouvi-las como se deve nos anos 10 do séc. XX. Lembro que meu pai tinha uma fita K-7 de Engenheiros do Havaí; provavelmente ouvi essa música na minha infância, mas a febre de Michael Jackson... A música dos The Smiths foi uma experiência universitária; através de meu amigo nipônico; virei fã.
Numa curiosa seleção aleatória feita pelo programa de meu computador, essas duas canções foram tocadas nesse seqüência.
Músicas boas fazem o ouvinte pensar. É claro que sempre prego a favor da vida, mesmo sabendo das misérias que ocorrem ao nosso redor. A música depressiva dos Smiths não significa uma negação à vida. Escrevo isso pelos clichês que empregam a essa banda – “os ouvintes são suicidas em potencial”. Voltada para um tema social, o tema dessa música dos Engenheiros mexe com o que há de filosófico em nós. Quanto vale a existência do ser humano? Segundo a letra são “contas que agente não faz” por causa da nossa vida cotidiana e mecânica. Por mais que trabalhe o dinheiro não irá comprar essa resposta; óbvio, quanto mais trabalho menos tem tempo para esses questionamentos.
“Talvez, no fundo, sabemos a resposta, mas são segredos que agente não conta”. Por isso, concordo com a música dos Smiths que “todos os homens tem segredos” esse e outros mais

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Um moderno romântico



Entendo a crítica do pessoal da semana de 22 contra os românticos. Essa procura pelo índio belo e virtuoso é convincente. Claro, estou tentando eximir o meu autor preferido do romantismo: José de Alencar. Li vários livros desse escritor nordestino, mas o que mais gostei foi Ubirajara. Pouco tem esse hábito, porém releio meus livros, geralmente os que mais gosto. Perdi as contas de quantas vezes tive o prazer de ler essa obra de Alencar. Creio que umas cinco vezes.
A história narra acontecimentos pré-cabralinos, ou seja, José de Alencar escreve tentando imaginar os índios sem a presença do invasor branco. Curioso ser esse livro o último da série indianista desse autor cearense – ele começa com O Guarani, onde o Brasil já está colonizado, depois Iracema, contando os primeiros contatos os nativos dessa terra selvagem; por fim Ubirajara, narrativa sem a presença dos caras-pálidas.
Esse autor romântico tenta se aprofundar na cultura indígena; isso faz com que esse livro só consiga ser lido com a metade das páginas com notas explicativas no rodapé. Os nomes dos índios devem ser explicados etimologicamente, os nomes dos rituais, enfim, muitos detalhes que revelam a erudição sobre a cultura indígena do autor.
A história é fantástica. Com ares shakespeareanos, o personagem principal, que dá nome ao livro, oscila entre o amor de uma índia de sua aldeia e o de uma da tribo inimiga. Pasmem: Ubirajara tinha matado o irmão dessa índia da tribo rival. É curioso também como o autor informa a transformação social do personagem. É um livro que está vivo em meu imaginário. Lembro vivamente da descrição das guerras entre as tribos rivais e dos rituais desse povo nativo – os verdadeiros brasileiros. Mais uma vez, entendo os modernistas, mas acho que ainda estamos com esse projeto romântico: tentar encontrar os modelos virtuosos nacionais. Porém, em tempos de dinheiro na cueca, fico com os modernistas e leio os românticos.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Chove, não chove...



Quem me conhece, um pouco, sabe que gosto dessa estação chuvosa. A temperatura cai um pouco. Pouco mesmo, mas a diferença já me deixa satisfeito. Em uma fase que meus sentimentos estão à flor da pele essa chuva me acalenta. Claro, estou de férias e assistir filmes também me faz esquecer os problemas sentimentais. É preciso dizer que estou na fase mais feliz de minha vida, sinto prazer em qualquer atividade que faça; estou produzindo muito. Mas, se repente sinto uma dor aguda e não sei o que me deixa abalado. Seria eu bipolar? Odeio esse modismo bipolar, mas começo a pensar nessa possibilidade.
Lembrei, com essas considerações, de um livro lido no ano de 2006 – já disse ser bom em datas – que me deixou consternado: “A confissão de um filho do século” de Alfred de Musset, publicado em 1836. É uma obra literária escrita de uma forma totalmente depressiva, nunca tinha lido algo tão deprimente. Musset tem um tema que me faz sofrer ultimamente: o ciúme. Esse sentimento esgota o personagem principal, que esqueci o nome. Vale à pena ler esse livro, mas é uma obra que eu não leria agora; medo.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Mais uma do genial Santo Souza

Já postei anteriormente uma poesia desse sergipano. Agora, para mim a melhor, mais uma do livro "Pássaro de pedra e sono"(1964). Como queria que fosse meu avô!

Canção para os aflitos

Hoje eu quisera compor
uma canção, acordar
um rouxinol na solitária
garganta dos aflitos,
plantar uma rosa no céu
ou nas águas anônimas
dos rios em silêncio.

Quisera fazer descer
uma ponte de plumas
e de pétalas ao chão
férreo das agonias
alheias, despertar
os corações para a vida
e para o amor.

Entanto, há muitas
cruzes e sabres dispersos
nos caminhos, e os homens
estão distantes, seus
olhos estão perdidos
entre a rosa que nasce
e o mar que se aniquila
sob o peso das algas e das ondas.

Ah, porque não se alumia
a lágrima dos que se vão
sofrendo, dos que lutam
desesperadamente em busca
de uma árvore, no rastro
de uma sombra, de uma
estrela qualquer?

Em verdade, é preciso
acordar as mãos,
para salvar alguém;
molhar os dedos
no sangue amargo da terra,
no suor dos infelizes,
na luz abandonada
nas ruas esquecidas...

(Santo Souza)

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Devaneios 2ª edição




Devaneios

Imerso em pensamentos e um pássaro a cantar. Joyce era livre em um corpo desnudo. Um “show” perdido. O vazio no pensar, o preconceito da diferença. Um negro vestido a caminhar.
Respiração e o ardor do gengibre. Minhas próprias carícias me angustiam. Uma solidão com pessoas ao redor. O pensamento é descontínuo com um fio que liga tudo. Peixes no aquário, pássaros na gaiola – um canto que assola em gritos de liberdade.
Mãos ressecadas, uma tinta muito bonita. Um amor estranho se torna necessidade. O corpo grita por um amor incompreendido e renegado. Morrerei, qual o sentido das coisas? Ou será que é sem sentido perguntar por um sentido? Viajo, sou covarde. Quero romper o cordão umbilical e sangrar até morrer.
Sono. Uma formiga pode ser mais feliz. Regras. Até para escrever fujo, porém caio na vida. O almoço nu. O lanche naquele dia me fez pensar no artificial.
Círculos, retas, flores. Morta a tartaruga se esvai. Entrou novamente no círculo. Será que a vida exprime o que escrevo? Que distancia devo tomar? A vida imita a arte. A arte quem faz sou eu. Somente imito o que os outros fazem. O original realmente se perdeu.

terça-feira, 13 de julho de 2010








Esse final de semana foi marcado por filmes que possuem algo comum: a toxicomania. Realmente foi uma fatalidade, nada combinado. Candy (2006) e Vício Frenético (2010) povoam minha mente nesse começo de semana. O primeiro já tinha assistido no cinema, curiosamente pouco tempo depois da morte de Heath Ledger - seu personagem prenunciou sua morte. Esse filme australiano conta com interpretações fortes e um apelo dramático muito bom. Chamou minha atenção a interpretação do Geofrey Rush, mais conhecido por Piratas do Caribe, pois seu personagem é um viciado que é professor e pesquisador de laboratório que chega a produzir a própria droga, além de ser a fonte de inspiração para os junkies protagonistas. Quando soube da possibilidade de reassistir esse filme, claro, proporcionado por Luciana (estudante de audio-visual e parceira cinefílica) www.reunindopalavras.blogspot.com , fiquei muito feliz, pois minha companhia (nome não revelado) ao assistir foi fenomenal.
Vício Frenético (2010) chegou até mim através das salvadoras bancas de DVDs piratas, porém o que me chamou atenção foi o nome do diretor estampado na capa, prática não muito comum infelismente: Werner Herzog. Sim, o alemão, premiadíssimo e mais conhecido por "O enigma de Kaspar Hauser" e o regravação de "Nosferatu". Esse diretor é representante do movimento do novo cinema alemão e possui uma filmografia vastíssima; ses filmes saõ considerados cult. Um policial que se rende à corrupção e às drogas é o personagem central interpretado por Nicolas Cage, as situação levadas por esse envolvimento com o submundo e a compulsão por drogas fazem com que coisas ruins aconteçam nesse triller. Óbvio, com um olhar aguçado, resultado de anos de bom cinema, Herzog faz com que o seu público se questione de posicionamentos morais e valores com relação à vida, realmente vale apena conferir.
Com certeza, ao assistir ambos os filmes é causada uma repugnância com relação ao uso de drogas, pois o uso de intorpecentes em demazia nos filmes citados chegam a extremos na concepção física e social. O drogado desce do céu para o inferno, e a droga , na verdade toma o poder e assume como protagonista. Porém, lembrei de um filme, com a toxicomania latente, em que o efeito foi o oposto: fiquei com vontade de suas drogas. O filme, adaptado de um dos clássicos da geração beat e dirigido por meu ídolo David Croenemberg - já citado nesse blog por Crash, estranhos prazeres(1996)-, é altamente psicodélico: Mistérios e paixões(Naked Lunch) de 1991. Qualquer que seja a decisão (usar ou não drogas) esses filmes fazem pensar; função do bom cinema.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Monstrinho estuprador, esse menino promete

Esse vídeo foi extraído do ótimo blog de denúncias do RS - www.tijoladasdomosquito.blogspot.com - A canção que o menino canta demonstra o tipo de sua personalidade. Claro que o vídeo não o culpa pela suspeita de estupro, mas informa muito comoo acusado é. A música começa com a palavra psicopata. Tentem entender a letra, vocês vão ficar assustados: "esquartejando putas como Jack, fumando om beck...." e assim por diante.

sábado, 10 de julho de 2010

Minha música, música minha.....


Há alguns anos escolhi essa música como sendo a que tocaria em meu funeral; foi uma discussão realizada entre amigos nos Rio Grande do Norte. Ela é a primeira da lista que você ouve ao abrir esse blog. Aí vai a letra e a tradução:
There Is A Light That Never Goes Out
Take me out tonight
Where there's music and there's people
Who are young and alive
Driving in your car
I never never want to go home
Because I haven't got one
Anymore

Take me out tonight
Because I want to see people
And I want to see lights
Driving in your car
Oh please don't drop me home
Because it's not my home
It's their home
And I'm welcome no more

And if a double-decker bus
Crashes into us
To die by your side
Such a heavenly way to die
And if a ten-ton truck
Kills the both of us
To die by your side
Well, the pleasure and the privilege is mine

Take me out tonight
Oh take me anywhere
I don't care, I don't care, I don't care
And in the darkened underpass
I thought "Oh God, my chance has come at last"
But then a strange fear gripped me
And I just couldn't ask

Take me out tonight
Take me anywhere
I don't care, I don't care, I don't care
Just driving in your car
I never never want to go home
Because I haven't got one
Oh, I haven't got one

There is a light that never goes out
There is a light that never goes out
There is a light that never goes out
There is a light that never goes out...

Há Uma Luz Que Nunca Se Apaga
Me leve para sair esta noite
Onde exista música e pessoas
Que sejam jovens e vivas
Dirigindo no seu carro
Eu nunca mais quero ir para casa
Porque eu não tenho mais
uma casa

Me leve para sair esta noite
Porque quero ver gente
E eu quero ver luzes
Dirigindo no seu carro
Oh por favor não me largue em casa
Porque esta não é minha casa
Esta é a casa deles
E eu não sou mais bem-vindo

E se um ônibus de dois andares
Batesse em nós
Morrer ao seu lado
Que jeito divino de morrer
E se um caminhão de dez toneladas
Matasse a nós dois
Morrer ao seu lado
Bem, o prazer e o privilégio seriam meus

Me leve para sair esta noite
Oh me leve para qualquer lugar
Eu não me importo, não me importo
E numa passagem subterrânea escurecida
Eu pensei "Oh Deus, minha chance finalmente chegou"
Mas então um medo estranho me tomou
E eu simplesmente não pude pedir

Me leve para sair esta noite
Me leve para qualquer lugar
Eu não ligo, eu não ligo, eu não ligo
Simplesmente dirigindo no seu carro
Eu nunca mais quero ir para casa
Porque não tenho mais uma casa
Oh, eu não tenho mais

Há uma luz que nunca se apaga
Há uma luz que nunca se apaga
Há uma luz que nunca se apaga
Há uma luz que nunca se apaga...

Cerveja + Japones - (Nome não revelado) = Amando Fontes (Os Corumbas)



Os leitores desse blog podem percebem o meu esforço, claro um deleite pessoal, em ler autores sergipanos. Devido a uma conversa de bar com meu amigo Japonês (apelido herdado da universidade para Marcos, também professor de filosofia) veio em minha mente um livro fabuloso do escritor sergipano Amando Fontes. Eu e meu amigo nipônico estávamos, na última segunda-feira, em um sebo (local que vende livros usados) chamado “Dinossauro”, no centro de Aracaju. Estávamos esperando ansiosamente uma pessoa – o nome dessa criatura não será revelado. Ficamos tomando uma, não três, cervejas na praça da Catedral. Creio que foi aí que surgiu o tema sergipanidade, já tratado neste blog. Porém o nome de Amando Fontes ficou ecoando em minha mente horas depois de não ver mais meu colega de bar, literário, filosófico e agora musical.
“Os Corumbas” é o nome da obra desse autor que já tive acesso. Como tenho uma memória boa para datas, recordo que li esse livro em 1999. Onze anos se passaram e tento lembrar os nomes dos personagens, locais que serviram de cenário para a história. Lembro que Escola Normal, que estudei na realidade e onde fiz meu ensino médio, era uma desses locais que o autor usou em sua trama. Resumindo: lembro da história de uma família com muita pobreza, trabalho nas fábricas do Bairro Industrial, prostituição etc. É um retrato de um Sergipe industrial do início do séc. XX.Curioso e que os personagens femininos são as melhores figuras, afirma o senhor Graciliano Ramos, comentando o autor sergipano. Descobri também que a partir da 5ª edição a editora foi a José Olympio, que tanto ajudou os nordestinos na literatura. Esse livro traz um drama que me fez, na época, encher meus olhos de d’água. Como faz tempo que um livro não faz isso comigo. Preciso parar de ler o “beatnicks” ou, então, virar um junkie.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Só entende quem bebe

"Ora, o que a gente ouve no quinto copo pode ser interessante se achamos algum interesse na própria pessoa que conta. Caso contrário, fica apenas a melancolia da triste condição humana, das experiências do amor, dos desencontros físicos e sentimentais, das incompreensões e dos fracassos."
(Rubem Braga. Amemos burramente, setembro de 1988)

sábado, 3 de julho de 2010

O que eu sempre pedi a Deus

Sem comentários. Agora entendo a noção de absurdo.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Festa do mastro em Capela – parece que Núbia Marques (escritora sergipana) leu meus pensamentos.

(Foto: by myself. Praça São Pedro, Capela-SE)


Todos os anos a família de minha mãe fica em polvorosa com a aproximação das festividades juninas, visto que sua cidade de origem – Capela, 67 km de Aracaju – celebra a festa de São Pedro, um dos santos mais importantes do mês de junho. Particularmente não gosto da festa, pois a casa de minha mãe se torna um alojamento de parentes e estranhos – não gosto dessas aglomerações. Mesmo não participando dessa festividade, ela não deixa de chamar a minha atenção pelos seus rituais pagãos. É nesse sentido que Núbia Marques entra em cena. Estava lendo uma de suas obras durante esse período em que o Nordeste se rende às bandas de pseudo-forró; nome do livro: “O luso, o lúdico e o perene e outros ensaios”.
Sempre achei a festa do mastro em Capela interessante e emblemática. Uma folia em que um bando de pessoas meladas de lama adentra a mata do Junco (ironicamente uma reserva florestal) a arrancam uma árvore (mastro). Durante esse percurso, as pessoas, com o corpo totalmente coberto pela lama que os deixa indistinguíveis uns dos outros, são abastecidas pela cachaça produzida na cidade. O pau é conduzido pela cidade como um troféu, todos querem tocar nele e galhos são retirados como se fossem mágicos. O mastro é erguido em uma praça da cidade e é enfeitado com os prêmios ofertados pelos moradores e recolhidos pela “Baiana” (homem negro que se veste de mulher e recolhe brindes com um cesto na cabeça). Esse pau é queimado em sua base e, ao cair, começa a guerra de espadas e buscapés – essa guerra faz com que só peguem os brindes os corajosos.
Núbia Marques, estudiosa em cultura popular, afirma que segundo a tradição religiosa cristã, o levantamento do mastro está ligado à lenda de erguer um pau “na ocasião do anúncio de nascimento de São João”. A escritora sergipana ainda exprime que essas festividades são correlacionadas com o culto a fertilidade das sociedades pagãs. O símbolo da fertilidade, por excelência, é o falo (falo = pênis), por isso essas festas são conhecidas como falocêntricas. É curioso que a autora, que nessa obra estuda a influência européia na cultura sergipana, identifica semelhanças entre a festa de Capela e o folguedo de São Hermes na Bélgica: em ambas existe o culto ao fogo e às árvores e os tiros dados por fuzis são parte da festa (em Capela os tiros são disparados por uma arma chamada de “Bacamarte”). O tema profano faz parte da brincadeira. Príapo, divindade romana representada com um enorme falo, parece não ter nada a ver com isso, mas tem.
A tese da autora afirma que os resíduos da cultura ancestral emergem do inconsciente coletivo viabilizando a cultura popular, presente nas atividades do ser humano.
Agora entendo a excitação de minha família em ir a essa folia. O significado de ficar irreconhecível ao se melar de lama, cultuar um pau e entrar em procissão pela cidade enquanto a mente é inebriada pela cachaça, queimá-lo para receber os regalos amarrados nele são agora compreendidos por mim. Talvez minha família não tenha essa consciência, mesmo assim estarão lá, no próximo ano, cultuando o falo.





Outra rapidinha literária com Joel Silveira






- Afinal, quem nasceu primeiro: a galinha ou o ovo?

- Acho que foi o galo.

(Joel Silveira)